
Na tarde desse Domingo (4), a maior empresa de salas de cinema do Reino Unido, Cinemaworld, anunciou que poderia fechar, temporariamente, todas as suas salas de apresentação, mas que nenhuma decisão final havia sido tomada ainda.
O twitte aponta essa medida como algo que ainda está sendo considerado. Ainda não há uma decisão final. A notícia foi dada a uma parte dos chefes da Cinemaworld, contudo uma parte dos trabalhadores da empresa estava desavisada dessa medida.
A Cinemaworld é a maior empresa de cinemas do Reino Unido, enquanto sua subsidiária, Regal Cinemas, é a segunda maior empresa de salas de apresentação de filmes dos EUA e, segundo a Variety, as salas, em ambos os países, poderiam ser fechadas ainda essa semana.
Nsse final de semana, a empresa de cinemas do Reino Unido, enviou uma carta ao primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e ao secretário de cultura Olivier Dowden, explicando que a exibição no setor era inviável. Pois, os estudios estavam adiando os grandes lançamentos para após uma solução real à pandemia global. Esse não foi um movimento que ocorreu apenas na Europa. Nos EUA uma gama de cineastas renomados enviou uma carta aberta ao governo federal para que esse ajudasse a manter a indústria cinematográfica viva.
As fontes mais confiáveis afirmam que, em alguns locais, os cinemas poderiam ficar fechados até 2021. No Reino Unido, as salas da Cinemaworld ficaram fechadas por 4 meses, tendo reaberto em 31 de julho. A reabertura estava prevista para 10 de julho, mas não ocorreu, dado o adiamento de "Tenet". A subsidiária dos EUA, está em funcinando, em alguns estados, desde agosto. Em locais como Los Angels, e Nova York os cinemas continuam fechados, porém. E é nesse caldo de caos que o anúncio do mais novo adiamento, "007-Sem tempo para morrer", é recebido. A nova data de estreia é para abril de 2021, dia 2, para sermos exatos.
E isso causa impacto, pois os cinemas estão famintos para que, as poucas salas em funcionamento, possam receber um público, mesmo que diminuto, ávido por algum blockbuster, como se esperava que o novo 007 seria. A inviabilidade de continuar com o setor, como é afirmado na carta enviada ao primeiro-ministro da Inglaterra, destaca, entre outras coisas, esse problema.
Há, ainda, outra questão a ser posta em jogo. A empresa que considera fechar as suas salas, de forma temporária, não avisou seus planos aos funcionários, que ficaram sabendo da provável medida através de notícias veiculadas na mídia. Estima-se que cerca de 5,500 pessoas ficariam desempregadas, caso o plano seja levado a cabo.
MGM, Univeral e os produtores do filme de Bond, Michael G Wilson e Barbara Broccoli, anunciaram que o lançamento de "Sem tempo para morrer", o 25º filme na série de James Bond, será adiado para dia 2 de abril, para que esse seja um lançamento com audiência cinemática global. O anúncio foi feito na sexta-feira (2). "Nós entendemos que o atraso será desapontador para os nossos fans, mas agora estamos olhando para frente, compartilharemos 'Sem tempo para morrer' no ano que vem", completam os anunciantes.
Não é completamente novo que o lançamento de um filme tão grande tenha sido adiado, uma vez que os casos de COVID-19 na Europa voltaram a crescer e que os cinemas de Los Angeles e Nova York, os 2 maiores mercados consumidores de cinema dos EUA, ainda estejam fechados. Existe também que a franquia James Bond vende ingressos de forma global, sendo consumida no mundo todo.
O anúncio do fechamento das salas de cinema no Reino Unido e nos EUA, tem como pano de fundo o anúncio de quem mais um blockbuster não será lançado esse ano, e que outros, como "Soul", da Pixar, não sejam lançados para as grandes telas. O prospecto não é bom. Claro, não foi apenas o adiamento do novo 007 que levou a isso, como já dito, mas esse foi, sem dúvida, um duro golpe para as empresas de cinema.
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